Acidentes em rodovias federais matam 6 mil pessoas em 2024

Foto: Polícia Rodoviária Federal

Em 2024, o Brasil registrou um preocupante aumento de 9% no número de mortes em rodovias federais, totalizando 6.160 óbitos, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Esse crescimento representa 539 vítimas fatais a mais em comparação a 2023.​

O número de acidentes também cresceu 8%, alcançando 73.160 ocorrências, enquanto os feridos somaram 84.489 pessoas . A colisão foi o tipo de acidente mais frequente, representando 60,8% dos casos, com 44.151 registros. A principal causa de mortes foi transitar na contramão, com 879 ocorrências.​

A reação tardia ou ineficiente dos motoristas foi apontada como a principal causa de acidentes, com 10.822 registros, equivalente a 14,9% do total . Em 2024, a PRF aplicou 5.079.000 multas por excesso de velocidade e 272.955 por ultrapassagens indevidas.​

Seis estados concentraram 51% dos óbitos registrados em 2024, com destaque para Minas Gerais, que liderou o ranking com 794 mortes (13% do total). Na sequência aparecem Bahia (614 óbitos, 10%), Paraná (607 óbitos, 10%), Santa Catarina (414 óbitos, 6%), Rio Grande do Sul (346 óbitos, 6%) e Rio de Janeiro (333 óbitos, 5%).​

Especialistas atribuem o aumento das mortes a fatores como o afrouxamento das regras de trânsito a partir de 2020, que ampliaram o prazo para a renovação da CNH e dobraram o limite de pontuações de multas . Além disso, a deterioração da saúde mental dos brasileiros também é apontada como um fator contribuinte.​

A BR-116 foi a rodovia mais letal do país em 2024, com 821 óbitos, seguida pela BR-101, com 731 mortes, e pela BR-153, com 270 vítimas fatais.​

O Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS), implementado em 2018, estabelece que nenhuma morte ou lesão grave no trânsito é aceitável e tem como meta reduzir pela metade o número de mortes até 2030, tomando como base os índices de 2020.​

A tendência de alta nas mortes em rodovias federais reforça a necessidade de ações mais eficazes para melhorar a segurança viária no Brasil, incluindo investimentos em infraestrutura, fiscalização rigorosa e campanhas de conscientização.​

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