O Brasil registrou 278.229 focos de incêndio em 2024, o maior número desde 2010, quando ocorreram 319.383 casos.
Esse total representa um aumento de 46% em relação a 2023, que contabilizou 189.891 focos. A Amazônia foi a região mais afetada, com 140.346 focos, correspondendo a 50,4% do total nacional.
O Cerrado registrou 81.468 focos, representando 29,3% do total. O Pantanal apresentou um aumento alarmante de 120% nos incêndios, totalizando 14.498 ocorrências, o maior número desde 2020.
O estado de São Paulo destacou-se com um aumento de 423% nos focos de incêndio, registrando 8.702 casos, o maior percentual de crescimento no país.
A crise das queimadas em 2024 foi agravada por uma seca histórica, considerada a pior em 75 anos, que afetou grande parte do território brasileiro.
Essa condição climática contribuiu para a propagação dos incêndios, especialmente nos meses de agosto e setembro, que registraram 68.635 e 83.154 focos, respectivamente, tornando setembro o mês mais crítico do ano.
As consequências ambientais e sociais são significativas, incluindo a destruição de habitats naturais, aumento das emissões de gases de efeito estufa e impactos na saúde pública devido à poluição do ar. Especialistas e organizações ambientais alertam para a necessidade urgente de políticas eficazes de prevenção e combate aos incêndios, além de medidas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas que intensificam esses eventos.
A situação também reflete desafios na gestão ambiental e na implementação de ações de fiscalização para coibir práticas ilegais que contribuem para o aumento das queimadas no país.
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