Brasil registra pior desempenho em índice de corrupção desde 2012

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O Brasil alcançou, em 2024, sua pior classificação e pontuação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional desde o início da série histórica em 2012. O país caiu para a 107ª posição entre 180 nações, com uma pontuação de 34 em uma escala que vai de 0 a 100 — quanto maior a nota, melhor a percepção de integridade.

Este resultado coloca o Brasil abaixo da média global de 43 pontos e da média das Américas, que é de 42 pontos. Países como Argélia, Nepal, Tailândia, Maláui, Peru e Níger compartilham a mesma pontuação que o Brasil.

A Transparência Internacional atribui essa queda a uma combinação de fatores que indicam um retrocesso no combate à corrupção, incluindo a falta de avanços significativos na agenda anticorrupção e a crescente influência do crime organizado nas instituições estatais.

O IPC é elaborado a partir da padronização de 13 índices de instituições internacionais, como o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial, que avaliam a percepção de corrupção com base em pesquisas com especialistas e executivos, além de dados quantitativos.

A piora no ranking reflete desafios contínuos na luta contra a corrupção no Brasil, destacando a necessidade de políticas públicas eficazes e de um compromisso renovado com a transparência e a integridade no setor público.

Em comparação, países como a Dinamarca lideram o ranking com 90 pontos, seguidos por Finlândia e Nova Zelândia. No extremo oposto, nações como Somália e Síria registram as menores pontuações, indicando altos níveis de percepção de corrupção.

A Transparência Internacional enfatiza que o Brasil precisa implementar reformas estruturais para fortalecer os mecanismos de controle e prevenção da corrupção, além de promover uma cultura de integridade e responsabilidade no setor público.

A organização também destaca a importância da participação ativa da sociedade civil e da imprensa livre na fiscalização das ações governamentais e na promoção da transparência.

O relatório sugere que, sem medidas concretas e um compromisso firme das autoridades, o Brasil poderá continuar enfrentando desafios significativos na melhoria de sua posição no IPC nos próximos anos.

A queda contínua do Brasil no ranking do IPC serve como um alerta para a necessidade urgente de ações efetivas no combate à corrupção e na promoção da integridade pública.

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