A paralisação dos auditores fiscais da Receita Federal, iniciada em 26 de novembro de 2024, já ultrapassa dois meses, causando impactos significativos no comércio exterior brasileiro. A categoria reivindica reajustes salariais e melhores condições de trabalho, apontando a falta de diálogo com o governo como principal motivo para a continuidade do movimento.
Especialistas alertam que a greve tem provocado atrasos na liberação de mercadorias em portos e aeroportos, elevando os custos logísticos e prejudicando empresas importadoras e exportadoras. Jackson Campos, especialista em comércio exterior, destaca que “o movimento causa atrasos na liberação de mercadorias nos portos e aeroportos, resultando em aumento de custos logísticos, acúmulo de cargas, prejuízos para empresas exportadoras e importadoras, além de comprometer prazos de entrega e contratos internacionais, afetando a economia. Quanto mais tempo uma greve durar, maior será o impacto.”
O prolongamento da paralisação tem gerado preocupação em diversos setores da economia, que temem um agravamento dos prejuízos caso não haja uma resolução em breve. A continuidade da greve pode comprometer ainda mais a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional, resultando em aumento de preços e prazos de entrega mais longos para o consumidor final.
O governo federal, por sua vez, mantém a posição de não abrir negociações salariais, alegando restrições orçamentárias e outras prioridades financeiras. Essa postura tem gerado frustração entre os auditores, que consideram sua atuação crucial para a estabilidade econômica e fiscal do país.
Enquanto o impasse persiste, o setor produtivo aguarda por uma solução que possa minimizar os impactos negativos na economia e restabelecer a normalidade nas operações de comércio exterior. A expectativa é que ambas as partes cheguem a um acordo que contemple as demandas dos auditores fiscais e assegure o fluxo regular de mercadorias no país.
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