Nesta terça-feira, terá início na Argentina o julgamento de sete profissionais de saúde acusados de envolvimento na morte do ícone do futebol, Diego Maradona. O astro faleceu aos 60 anos, em novembro de 2020, devido a uma insuficiência cardíaca após uma cirurgia cerebral. O processo ocorrerá em San Isidro, nos arredores de Buenos Aires, e contará com aproximadamente 120 testemunhas.
Os réus enfrentam acusações de “homicídio simples com dolo eventual”, o que indica que teriam assumido o risco de um possível desfecho fatal. Caso condenados, as penas podem variar de oito a 25 anos de prisão.
Entre os acusados estão o neurocirurgião Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov e outros membros da equipe médica que cuidou de Maradona em seus últimos dias.
A morte de Maradona abalou profundamente a nação argentina, onde ele é venerado quase como uma divindade. Conhecido como “D10S”, uma junção do número 10 que usava e a palavra “Deus” em espanhol, Maradona levou a Argentina à vitória na Copa do Mundo de 1986. Sua trajetória foi marcada por batalhas contra vícios e problemas de saúde, o que intensificou as emoções em torno de sua morte.
Um relatório médico de 2021 concluiu que a equipe que tratou de Maradona agiu de maneira inadequada e negligente. O julgamento busca esclarecer as responsabilidades e alcançar justiça diante de uma perda que deixou um impacto profundo em toda a nação.
A defesa dos profissionais de saúde nega as acusações, afirmando que não houve negligência no atendimento ao ex-jogador. O julgamento, que deve se estender por vários meses, será fundamental para determinar se houve falhas no tratamento que contribuíram para a morte do astro.
A sociedade argentina acompanha o caso com grande expectativa, buscando respostas sobre as circunstâncias que levaram à perda de um de seus maiores ídolos. O desfecho deste julgamento poderá trazer um senso de justiça e encerramento para os fãs e familiares de Maradona.
