A Operação Covid-19, do Ministério da Defesa, completou um ano neste sábado (20). A iniciativa coordena as ações das Forças Armadas no combate à pandemia e ocorre em apoio ao Ministério da Saúde e aos governos dos estados. “De Norte a Sul do País, os militares atuam simultaneamente em diversas frentes e, com sua grande capacidade logística, têm contribuído decisivamente no apoio às necessidades da população”, destacou a pasta.
Em comunicado, o ministério informou que cerca de 34 mil militares têm se dedicado à Operação Covid-19. Os voos para apoio logístico transportaram oxigênio, respiradores, medicamentos, vacinas, equipes de saúde e pacientes. Os deslocamentos, em um ano, correspondem a 55 voltas inteiras ao redor do planeta.
Mesmo antes do início da operação, os militares atuaram, por exemplo, no resgate de um grupo de brasileiros em Wuhan, na China, primeiro epicentro de covid-19 no mundo. “Desde então, os militares estão à frente de diversas iniciativas, como a descontaminação constante de locais públicos, distribuição de cestas básicas, organizando campanhas de conscientização e de doação de sangue”, destacou a pasta.
Os militares também trabalharam no transporte de oxigênio para minimizar a crise de falta de insumos no município de Manaus, bem como transferindo paciente para outras capitais com disponibilidade de leitos. Do mesmo modo, transportaram também as primeiras doses de vacina que chegaram ao Brasil.
Em outra frente, o Ministério da Defesa mobilizou a Base Industrial de Defesa para que empresas adaptassem seus processos produtivos e passassem a fornecer itens necessários ao combate à pandemia, como álcool em gel e máscaras de proteção. A iniciativa ainda possibilitou o conserto de milhares de respiradores que estavam parados.
Para que as demandas pudessem ser atendidas, o Ministério da Defesa acionou o Centro de Operações Conjuntas e o Centro de Coordenação de Logística e Mobilização. Ao mesmo tempo, foram ativados dez comandos conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando de Operações Aeroespaciais, de funcionamento permanente. Essas estruturas funcionam 24 horas, todos os dias.
Números da operação
Até o momento, as Forças Armadas promoveram 15,5 mil campanhas de prevenção, produziram 748.183 máscaras de proteção, doaram 318.120 kits de higiene e mais de 1,2 milhão de cestas básicas. Em um ano, 36 mil pessoas foram capacitadas para a descontaminação de locais públicos e no tratamento de pacientes infectados. Foram descontaminados mais de 8,3 mil pontos pelo Brasil, incluindo hospitais, estações de trem, pontos turísticos, dentre outros.
Ao mesmo tempo, ocorrem ações específicas para minimizar os impactos da propagação do coronavírus. Entre elas, campanhas para doação de sangue que mobilizaram mais de 41 mil militares voluntários para reverter a baixa dos estoques nos hemocentros em diversas regiões metropolitanas.
A distribuição de oxigênio para hospitais, especialmente no Amazonas, teve início em janeiro deste ano. Foram transportados mais de 6.039 cilindros de oxigênio, 861 tanques de oxigênio líquido e 44 usinas de produção do insumo e 200 respiradores. Os respiradores foram produzidos, a baixo custo, por uma parceria entre a Marinha e a Universidade de São Paulo (USP). Outras 20,3 toneladas de materiais foram transportadas, entre medicamentos e hospitais de campanha para Manaus, Curitiba e Porto Alegre. Os militares também evacuaram mais de 750 pacientes.
Destaca-se ainda o apoio às equipes da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) durante o processo de imunização em comunidades de difícil acesso. O auxílio das Forças Armadas possibilitou a imunização de 157 mil indígenas.
Edição: Juliana Andrade
Fonte: Agência Brasil