Abstenção de votos fica perto do total de eleitores ausentes na pandemia
A taxa de abstenção no primeiro turno das eleições municipais deste ano chegou a 21,7%, muito próxima do índice registrado durante a pandemia de 2020, quando 23,1% dos eleitores não compareceram às urnas. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, destacou a preocupação com o número elevado, embora não associe o aumento ao recente clima de tensão em campanhas. Segundo ela, apesar dos incidentes de violência isolados em algumas cidades, como São Paulo, os fatores que afetam a participação eleitoral são variados e complexos.
O alto índice de abstenção chama atenção por ser o segundo maior em eleições municipais desde 2000. Em 2020, o temor da COVID-19 foi um dos fatores que inibiram a participação, e o número atual levanta questionamentos sobre novas razões que desmotivam o eleitorado. Especialistas apontam que, embora alguns fatores possam variar, como as condições econômicas e desinteresse na política local, o descontentamento e o distanciamento dos eleitores do processo eleitoral são um fenômeno que preocupa.
Capitais como Natal, Salvador e Porto Velho registraram índices de ausência acima de 25%, reforçando a necessidade de estratégias do TSE para aproximar o eleitorado do voto. A Justiça Eleitoral considera, inclusive, ajustes em suas ações para incentivar a participação em futuras eleições, valorizando a importância do voto para o fortalecimento da democracia.
@portalparnapop
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