A emissora ABC News firmou um acordo para encerrar um processo de difamação movido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O litígio originou-se após o âncora George Stephanopoulos afirmar incorretamente que Trump havia sido considerado civilmente responsável por estuprar a escritora E. Jean Carroll. Na realidade, o júri concluiu que Trump era responsável por abuso sexual e difamação, mas não por estupro.
Conforme os termos do acordo, a ABC News comprometeu-se a contribuir com US$ 15 milhões para a futura biblioteca presidencial de Trump, além de arcar com US$ 1 milhão em honorários advocatícios. A emissora também publicou uma nota expressando pesar pelo erro cometido. O acordo foi alcançado pouco antes de Trump e Stephanopoulos prestarem depoimentos no caso.
Especialistas em mídia manifestaram preocupação de que este desfecho possa estabelecer um precedente que incentive figuras públicas a processarem organizações de notícias, potencialmente restringindo a liberdade de imprensa. Trump, por sua vez, indicou que pretende buscar mais ações por difamação contra veículos de mídia e influenciadores digitais.
Este caso destaca a importância da precisão jornalística, especialmente ao reportar sobre questões legais complexas envolvendo figuras públicas. A resolução do processo ressalta a necessidade de responsabilidade tanto por parte da mídia quanto das personalidades públicas na disseminação de informações.
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