Nos primeiros onze meses de 2024, o Brasil registrou um número sem precedentes de imigrantes cubanos. Foram mais de 19,7 mil entradas, superando significativamente os dados de anos anteriores.
Desse total, 19,1 mil solicitaram refúgio, obtendo um protocolo provisório que lhes permite trabalhar e acessar serviços públicos de saúde enquanto aguardam a análise de seus casos, processo que pode se estender por anos. Além disso, 678 cubanos ingressaram no país por outras vias migratórias.
Em comparação, em 2023, o Brasil recebeu 13,1 mil imigrantes cubanos, e em 2022, 7,6 mil. O fluxo atual também ultrapassa o observado durante o programa Mais Médicos, como em 2013, quando 5.200 cubanos vieram ao país.
Em novembro de 2024, houve um recorde mensal de 2.700 pedidos de refúgio por cubanos, superando os venezuelanos, que tradicionalmente lideravam as estatísticas com 2.200 solicitações no mesmo período.
A maioria desses imigrantes chega ao Brasil através dos estados do Amapá e Roraima, vindos do Suriname e da Guiana, países que fazem fronteira com essas regiões brasileiras.
Especialistas apontam que a intensificação da crise econômica em Cuba, marcada por apagões e escassez de produtos básicos, tem impulsionado esse movimento migratório.
O aumento significativo na imigração de cubanos reflete a busca por melhores condições de vida e estabilidade, colocando o Brasil como um destino emergente para aqueles que fogem das dificuldades enfrentadas em seu país de origem.
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