O pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, apresentado ontem, foi considerado “sólido” e está mobilizando a oposição. No entanto, os senadores reconhecem a dificuldade quase insuperável de convencer o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a dar seguimento ao processo. Pacheco, que em breve deixará a política para retomar a advocacia nos tribunais superiores, é visto como um obstáculo. Há quem defenda o impeachment como uma forma de promover a pacificação no país. “Se ele faz o que faz agora, imagine na presidência do tribunal”, alerta um ministro do STJ.
Cenário nebuloso
Com as mudanças previstas, Moraes será vice-presidente de Edson Fachin em 2025 e assumirá a presidência do STF em 2027.
Estratégia de longo prazo
Se tanto Pacheco quanto seu possível sucessor, Davi Alcolumbre, recusarem o andamento do processo, a solução seria eleger uma maioria conservadora no Senado em 2026.
Situação delicada
De acordo com a legislação, o impeachment de um ministro do STF deve ser conduzido pelo presidente do próprio tribunal no Senado. Este é o desdobramento que a oposição deseja evitar.
Oportunidade em 2027
A avaliação entre os opositores é que a melhor chance para o pedido de impeachment está no intervalo de seis meses entre a posse do novo Senado e a assunção de Moraes como presidente do STF.
Fonte: Diário do Poder, Cláudio Humberto