O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou suas redes sociais para criticar a gestão do governo de seu adversário e sucessor, Lula (PT), acusando-o de ter deixado as finanças públicas em ruínas e atingido um déficit de R$1 trilhão em menos de dois anos, apesar de ter deixado um superávit de R$54 bilhões em 2022 como legado.

Bolsonaro condenou o que chamou de descontrole dos gastos públicos e responsabilizou Lula pelo agravamento sistemático das finanças do país. Ele destacou que conseguiu um superávit no ano em que foi derrotado por Lula, após oito anos de déficits consecutivos, e apesar das dificuldades impostas pela pandemia de covid-19 e pela guerra na Ucrânia contra a invasão russa.

Em suas declarações, que não mencionaram a continuidade do conflito na Ucrânia nem a guerra de Israel em Gaza, Bolsonaro criticou a criação do Ministério da Reconstrução do Rio Grande do Sul por Lula, enquanto seu governo havia reduzido o número de ministérios para 23.

“Hoje, o cenário é de finanças devastadas, aumentos exorbitantes de impostos e nenhum retorno visível para a maioria dos brasileiros. Precisamos questionar, onde estaremos nos próximos anos? Completamente estatizados, o povo totalmente dependente do Estado e falidos”, previu Bolsonaro em uma publicação na rede social X.

Ao divulgar o desempenho das finanças públicas de 2022 sob Bolsonaro, o Tesouro Nacional, já sob o governo de Lula, apontou fatores que contribuíram para o superávit de R$54 bilhões: a limitação ao pagamento de precatórios para brasileiros com dívidas reconhecidas pela Justiça, adiamento de despesas e alta inflação, que impulsionou a arrecadação de impostos.

Fonte: Diário do Poder