Israel aprova reabertura de portas humanitárias em Gaza

Em um anúncio recente, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou a adoção de ações que visam ampliar o suporte à população em Gaza. As medidas incluem a reabertura temporária da Passagem de Erez, localizada no norte do território, e o acesso temporário ao porto de Ashdod, situado no sul de Israel, em conformidade com as exigências dos Estados Unidos.

De acordo com o comunicado oficial, “Israel vai permitir a entrega temporária de ajuda humanitária através de Ashdod e do posto de controle de Erez”.

A Passagem de Erez, que permanecia fechada desde o início do conflito, será reaberta temporariamente, enquanto o Porto de Ashdod, parcialmente danificado durante o ataque do Hamas em 7 de outubro, também estará disponível para entregas humanitárias.

Além disso, foi decidido que mais assistência poderá ingressar no território vindo da Jordânia através da Passagem Kerem Shalom. O gabinete de guerra autorizou o governo a tomar medidas imediatas para aumentar a ajuda humanitária, com o objetivo de evitar uma crise humanitária e garantir a continuidade dos esforços de combate.

Essa decisão ocorre após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter alertado que o apoio norte-americano a Israel poderia depender da implementação efetiva de medidas para proteger civis e trabalhadores humanitários.

No dia 4 de abril, a Casa Branca pressionou Israel a implementar de forma ágil e completa a entrega de assistência humanitária a Gaza, conforme prometido pelo primeiro-ministro israelense.

A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, destacou: “Estas medidas, que incluem o compromisso de abrir o Porto de Ashdod, a abertura do ponto de passagem de Erez e o aumento significativo nas entregas de ajuda da Jordânia diretamente para Gaza devem agora ser implementadas rapidamente e completamente”.

Em um comunicado recente, o presidente norte-americano deixou claro que a política dos EUA em relação a Gaza estará intrinsecamente ligada à avaliação das ações imediatas de Israel.

Após o trágico ataque israelense que resultou na morte de sete trabalhadores humanitários, o governo dos EUA alterou sua abordagem no conflito israelo-palestino. Essa mudança coloca em risco o apoio norte-americano a Israel, com o objetivo de pressionar o governo de Netanyahu a adotar medidas concretas.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reconheceu que a política dos EUA poderá sofrer alterações caso Israel não tome medidas efetivas.

Blinken enfatizou: “Neste momento, não há maior prioridade em Gaza do que proteger os civis, aumentar a ajuda humanitária e garantir a segurança daqueles que a prestam. Israel deve enfrentar este momento”.

Fonte: Inês Moreira Santos – Repórter da RTP – Lisboa

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