Após receber alta hospitalar no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ocorrida no último sábado (14). Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, foi detido sob suspeita de envolvimento em um plano para impedir a posse de Lula, incluindo alegações de conspiração para assassinato de autoridades.
Lula enfatizou a importância de se respeitar o princípio da presunção de inocência: “Eu acho que ele tem todo direito à presunção de inocência”, afirmou o presidente. Contudo, destacou que, caso as acusações sejam confirmadas, os responsáveis devem enfrentar punições rigorosas: “Mas se esses caras fizeram o que tentaram fazer, eles terão que ser punidos severamente”.
O presidente também refletiu sobre a gravidade das alegações, mencionando que não se pode tolerar desrespeito à democracia e à Constituição. Ele ressaltou que, em um país democrático, é inadmissível que indivíduos de alta patente militar planejem ações contra autoridades eleitas.
A prisão de Braga Netto faz parte de uma investigação mais ampla sobre tentativas de golpe de Estado após as eleições de 2022. As autoridades apuram a existência de um plano que incluía o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Lula, que recentemente passou por uma cirurgia de emergência, aproveitou a oportunidade para agradecer à equipe médica e reiterar seu compromisso com a democracia e o Estado de Direito. Ele enfatizou que todos devem ter seus direitos legais respeitados, mas que ações contra a ordem democrática não podem ficar impunes.
A detenção de Braga Netto e as investigações em curso sinalizam um momento crítico na política brasileira, destacando a necessidade de vigilância constante na defesa das instituições democráticas.
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