Os tanques israelitas avançaram no campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, conforme relatado por residentes e meios de comunicação ligados ao Hamas. Em Rafah, ao sul do enclave, próximo à fronteira com o Egito, as forças israelenses intensificaram os bombardeamentos aéreos e terrestres nas zonas orientais da cidade. De acordo com a Reuters, os tanques tentavam avançar em direção ao centro do campo, forçando centenas de palestinos alojados em abrigos a abandonar o local.
A Al Jazeera informa que as forças israelenses estão disparando contra ambulâncias que tentam chegar aos feridos, enquanto os ataques aéreos israelenses atingem áreas residenciais densamente povoadas no interior do campo de refugiados. Infelizmente, há vários mortos e feridos. Jabaliya é o maior dos oito campos de refugiados da Faixa de Gaza, que remontam à guerra de 1948, quando Israel foi fundado.
No sábado (11), o exército israelense emitiu ordens de evacuação para os residentes de Jabaliya, pedindo que abandonassem o local imediatamente, uma vez que suas forças tentavam eliminar militantes do Hamas. Um residente em Jabaliya relatou: “Estavam bombardeando por todo lado, incluindo perto de escolas que acolhiam pessoas que perderam suas casas”. A situação é tensa, e a guerra parece estar recomeçando em Jabaliya.
O deslocamento forçado continua a ser uma realidade, com as autoridades israelenses emitindo ordens para os residentes de Rafah fugirem para qualquer lugar. O chefe da agência da ONU para os refugiados palestinos (Unrwa), Philippe Lazzarini, destacou essa situação em suas redes sociais.
A guerra em Gaza persiste há seis meses, apesar de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas exigindo um cessar-fogo imediato e a libertação incondicional de todos os reféns. A infraestrutura da Faixa de Gaza foi gravemente danificada, com edifícios reduzidos a escombros, e os residentes evacuaram para Rafah, no sul, aumentando as preocupações sobre uma possível fome. O Hamas desencadeou o conflito com um ataque em 7 de outubro de 2023, resultando em 1,2 mil mortes e mais de 250 reféns.
A oposição dos EUA
A oposição dos EUA à operação militar terrestre em Rafah é evidente, enquanto Antony Blinken expressa preocupações sobre uma possível insurreição em Gaza. A situação permanece tensa, com esforços contínuos para garantir a libertação dos reféns e o objetivo de derrotar o Hamas.
Fonte: RTP
