Os líderes do G20, reunidos no Rio de Janeiro, aprovaram uma declaração que inclui a taxação de indivíduos classificados como super-ricos. A proposta, defendida como uma medida para reduzir desigualdades e financiar a transição ecológica, integra a Declaração Ministerial final, elaborada sob a mediação da presidência brasileira.
Com uma alíquota de 2% sobre fortunas que somam aproximadamente US$ 15 trilhões, a estimativa é de arrecadar cerca de US$ 250 bilhões anuais. Esses recursos poderão ser usados para enfrentar desigualdades sociais e fortalecer iniciativas de sustentabilidade, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A declaração defende a tributação progressiva como ferramenta essencial para garantir justiça fiscal. A proposta inclui medidas para combater a evasão tributária e práticas fiscais prejudiciais, incentivando o compartilhamento de melhores práticas entre as nações do grupo, que representam 85% da economia mundial e dois terços da população global.
A presidência brasileira do G20 foi elogiada pela condução diplomática. Apesar de possíveis resistências, como a da Argentina, liderada por Javier Milei, o texto foi aprovado por consenso. A medida também destaca a importância do diálogo com grupos de engajamento e sociedade civil, em uma abordagem inédita no G20, reforçando a transparência e a participação social no debate global.
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