O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (29), aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, alcançando 13,25% ao ano. Esta é a quarta elevação consecutiva, posicionando a taxa no mesmo patamar de agosto de 2023.
A decisão unânime do Copom visa combater a inflação, que permanece acima da meta oficial de 3%. Dados recentes indicam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 4,5% até meados de janeiro, superando as projeções do mercado.
Este aumento ocorre na primeira reunião sob a liderança de Gabriel Galípolo, novo presidente do Banco Central, que assumiu o cargo neste mês. O Copom já havia sinalizado a possibilidade de novas elevações, caso a inflação não apresentasse sinais de desaceleração.
Analistas do mercado financeiro preveem que a Selic possa atingir 14,25% em março, caso o cenário inflacionário não melhore. Alguns especialistas, como Daniel Xavier e Marcos Moreira, sugerem que a taxa básica de juros pode alcançar 15,50% ainda este ano, visando ancorar as expectativas de inflação e equilibrar as contas públicas.
A elevação da Selic impacta diretamente o custo do crédito, encarecendo empréstimos pessoais, financiamentos imobiliários e de veículos. Além disso, investimentos atrelados à taxa básica, como o Tesouro Selic, passam a oferecer maior retorno, enquanto a poupança perde competitividade.
O Copom destacou que o cenário externo permanece desafiador, especialmente devido às incertezas relacionadas à política econômica dos Estados Unidos. As decisões do Federal Reserve influenciam diretamente as condições financeiras globais, exigindo cautela por parte de economias emergentes como o Brasil.
O Banco Central reforçou seu compromisso com a estabilidade de preços e indicou que novas elevações da Selic poderão ocorrer nas próximas reuniões, dependendo da evolução da inflação e das expectativas do mercado. O objetivo é trazer a inflação de volta à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
Em resumo, a elevação da Selic para 13,25% reflete a postura firme do Banco Central em controlar a inflação persistente, mesmo diante de um cenário econômico desafiador, tanto no âmbito doméstico quanto internacional.
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