A recente jornada espacial de Katy Perry, realizada em 14 de abril de 2025 a bordo do foguete New Shepard da Blue Origin, tem gerado controvérsias devido ao seu impacto ambiental. Embora o voo, que durou 11 minutos, tenha sido celebrado por sua tripulação exclusivamente feminina, incluindo figuras como Lauren Sánchez e Gayle King, especialistas ambientais expressaram preocupações sobre as emissões de carbono associadas à missão.
Segundo o jornal francês Libération, cada passageira teria contribuído com pelo menos 15 toneladas de CO₂ durante o voo, equivalente às emissões anuais de uma pessoa média. Além disso, considerando as emissões indiretas, como a produção do combustível e a infraestrutura necessária, o total poderia chegar a 358 toneladas de CO₂ por passageira.
A Blue Origin afirma utilizar hidrogênio líquido como combustível, que, em teoria, emite apenas vapor d’água. No entanto, grande parte desse hidrogênio é produzido a partir de gás natural, um processo que consome combustíveis fósseis e gera emissões significativas de carbono.
Críticas também vieram de celebridades. A atriz Olivia Munn questionou a utilidade e os custos envolvidos no voo, especialmente diante das dificuldades econômicas enfrentadas por milhões de pessoas no mundo.
Além disso, Katy Perry enfrenta uma investigação na Espanha por possíveis danos ambientais durante as filmagens do videoclipe “Lifetimes”. As autoridades alegam que a produção ocorreu sem a devida autorização em áreas protegidas das Ilhas Baleares, levantando preocupações sobre a preservação de ecossistemas sensíveis.
Esses episódios destacam a crescente tensão entre iniciativas de alto perfil no entretenimento e as responsabilidades ambientais associadas, especialmente em um momento de crescente conscientização sobre as mudanças climáticas e a sustentabilidade.