Em 10 de janeiro de 2025, a administração Biden anunciou sanções abrangentes contra o setor energético da Rússia, visando enfraquecer as receitas de Moscou utilizadas no conflito com a Ucrânia. As medidas, coordenadas com o Reino Unido, afetam empresas como Gazprom Neft e Surgutneftegas, além de 183 navios envolvidos na exportação de petróleo russo.
As sanções também abrangem empresas de serviços energéticos e autoridades russas do setor. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, elogiou as ações, afirmando que elas “dão um golpe significativo à base financeira da máquina de guerra da Rússia, ao interromper toda a sua cadeia de suprimento”.
A decisão ocorre pouco antes da posse do presidente eleito Donald Trump, que expressou desejo de encerrar rapidamente o conflito na Ucrânia. No entanto, qualquer reversão das sanções exigirá notificação ao Congresso e poderá enfrentar oposição legislativa.
As medidas incluem o bloqueio de instalações ativas de gás natural liquefeito (GNL) russas, grandes projetos petrolíferos e infraestrutura significativa de petróleo, com potencial de reduzir as receitas russas em bilhões de dólares mensalmente.
Especialistas indicam que a Rússia poderá buscar formas de contornar as restrições, mas a complexidade e ineficiência resultantes podem prejudicar sua economia. O mercado de petróleo já reage, com o Brent alcançando US$ 79 por barril após o anúncio.
A administração Biden acredita que a atual estabilidade nos mercados de petróleo e na inflação dos EUA permite a implementação dessas sanções sem impactos econômicos domésticos significativos. O objetivo é pressionar a economia russa e limitar sua capacidade de financiar operações militares na Ucrânia.
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