A paralisação dos professores da rede estadual do Rio Grande do Norte atinge, nesta terça-feira (25), a marca de um mês, com adesão de 50% da categoria. Iniciada em 25 de fevereiro, a greve foi motivada pela insatisfação dos docentes com a proposta do governo estadual de reajuste salarial de 6,27%, parcelado em duas vezes: 3% em abril e 3,27% em dezembro, sem contemplar o pagamento retroativo dos meses de janeiro e fevereiro.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (SINTE-RN) rejeitou a oferta e apresentou uma contraproposta, exigindo a implementação integral do reajuste já em março, incluindo o pagamento dos valores retroativos. Além disso, a categoria reivindica a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) para os funcionários da educação, bem como a aprovação das leis do Porte das Escolas e do Tempo Integral.
Durante o período de greve, diversas mobilizações foram realizadas. Em 11 de março, os professores promoveram um ato público em frente à Governadoria, no Centro Administrativo do Estado, em Natal, buscando pressionar o governo por avanços nas negociações. No entanto, até o momento, não houve progresso significativo nas tratativas entre as partes.
A greve dos professores potiguares reflete um cenário nacional de insatisfação entre os profissionais da educação. Em outros estados, como São Paulo, os docentes também aprovaram paralisações para reivindicar melhores condições salariais e de trabalho. No caso paulista, a greve está prevista para iniciar em 25 de abril.
Enquanto isso, no Rio Grande do Norte, os professores seguem mobilizados e aguardam uma resposta concreta do governo estadual às suas reivindicações. A continuidade da greve dependerá dos desdobramentos das negociações e do atendimento às demandas da categoria, que busca não apenas a valorização salarial, mas também melhorias estruturais no sistema educacional do estado.
Postado por James Freitas