Depois de três décadas e meia, o Burger King anunciou que deixará de operar na Argentina, fechando todas as 116 unidades que mantinha no país. A marca, presente no mercado argentino desde 1989, tomou a decisão como parte de uma estratégia de desinvestimento regional promovida pela Alsea, grupo mexicano que administra a franquia desde 2006.
Embora o encerramento de lojas sinalize uma saída significativa, a Alsea sinalizou que a operação será colocada à venda, abrindo caminho para que investidores ou empresas locais adquiram os pontos e assumam os direitos de operação da rede. O grupo também confirmou que continuará atuando com outras marcas em seu portfólio, como Starbucks.
O anúncio decorre de persistentes dificuldades no cenário econômico da Argentina, com inflação elevada, poder de consumo retraído e custos operacionais crescentes. A competição local também pesou: o Burger King perdeu participação de mercado para marcas como Mostaza, que superou a rede americana em volume de unidades.
A saída do Burger King configura-se como um momento de realinhamento no setor de fast food argentino. Analistas avaliam que outras empresas locais ou redes internacionais poderão disputar os espaços deixados. Além disso, o processo de venda será intermediado por entidades financeiras — no caso, o banco BBVA figura como possível mediador nas negociações.
Esse movimento marca o fim de uma era para consumidores argentinos, que ao longo de décadas viram o Burger King se tornar referência no segmento de hambúrgueres. O encerramento das lojas impactará milhares de empregos, ainda que detalhes sobre indenizações ou alternativas para funcionários só sejam esclarecidos por meio de comunicados oficiais.
