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Estatais federais têm rombo de R$6,7 Bilhões em 2024, o maior em duas décadas

As empresas estatais federais brasileiras encerraram o ano de 2024 com um déficit de R$6,7 bilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central. Este é o maior resultado negativo registrado nos últimos 20 anos, indicando uma deterioração significativa nas finanças dessas instituições.

O déficit acumulado até novembro de 2024 já alcançava R$6 bilhões, sinalizando uma tendência preocupante ao longo do ano. Este cenário ocorre apesar de um aumento na arrecadação federal, que atingiu R$2,7 trilhões em 2024, representando um crescimento de 9,6% em relação ao ano anterior. Esse incremento foi impulsionado por elevações de impostos e pelo crescimento econômico.

O resultado negativo das estatais federais levanta preocupações sobre a sustentabilidade fiscal e a eficiência operacional dessas empresas, especialmente em um contexto de aumento da arrecadação e desafios econômicos.

O governo federal atribui o déficit ao aumento de investimentos em tecnologia e equipamentos, financiados com recursos próprios das empresas. No entanto, especialistas alertam que a persistência de resultados negativos pode comprometer a credibilidade do país e dificultar o equilíbrio das contas públicas.

O economista Gabriel Barros expressou preocupação quanto à sustentabilidade dos repasses federais às estatais, enquanto Claudio Frischtak destacou que o custo do déficit recai sobre a população, elevando juros e o risco-país.

Algumas empresas justificaram seus resultados: a Emgepron mencionou gastos com construção naval para a Marinha; os Correios apontaram para um déficit herdado, mas afirmaram estar utilizando recursos próprios para recuperação; já a Emgea, Infraero e Dataprev asseguraram que não necessitarão de repasses do governo, cobrindo suas operações com recursos internos.

As projeções indicam que os resultados financeiros das estatais podem permanecer desfavoráveis nos próximos anos, aumentando a pressão sobre o governo para revisar gastos e buscar o equilíbrio fiscal.

Este cenário ressalta a importância de uma gestão eficiente e transparente nas empresas estatais, visando garantir sua sustentabilidade financeira e minimizar impactos negativos nas contas públicas e na economia do país.

@portalparnapop

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