Na madrugada de 19 de junho de 2025, um ataque com mísseis balísticos lançados pelo Irã atingiu diretamente o Soroka Medical Center, principal hospital do sul de Israel, situado em Beersheba. A ofensiva provocou “danos extensivos” à estrutura da unidade médica, além de ferimentos em dezenas de pessoas, entre pacientes e equipes de saúde.
O Ministro da Saúde israelense, Uriel Buso, classificou o ataque como “um ato de terror e crime de guerra”, reforçando que foi ultrapassada uma “linha vermelha”. As autoridades destacaram que preparações imediatas no hospital permitiram evitar uma tragédia ainda maior, apesar do impacto severo, com queda do teto e possível contaminação química no local . Estima-se que entre 65 e 80 pessoas ficaram feridas, incluindo seis gravemente.
Este alvo representa uma escalada significativa no conflito, já que infraestruturas de saúde são protegidas por tratados internacionais. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Israel “extrairá o preço total dos tiranos de Teerã”. Já o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que o líder supremo do Irã, Ayatollah Khamenei, “não pode mais continuar a existir”, ameaçando uma ofensiva militar ampliada.
Em retaliação, Israel lançou bombardeios aéreos sobre instalações estratégicas iranianas, incluindo o reator de água pesada de Arak — evacuado antes do ataque para evitar vazamento nuclear — e depósitos de mísseis. A Agência Internacional de Energia Atômica confirmou que a instalação estava inativa no momento do ataque.
O impacto da ofensiva iraniana alcançou também Tel Aviv, Ramat Gan e Holon, gerando cerca de 271 feridos em todo o país, sendo 24 em estado grave e 16 moderado. Drones e dezenas de mísseis compuseram o arsenal utilizado na ofensiva .
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou estar “considerando” possível intervenção militar americana, caso o Irã não interrompa seu programa nuclear. China, Rússia e grupos regionais pedem medidas diplomáticas para evitar expansão do confronto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e grupos de direitos humanos expressam “alarmante preocupação” com o uso de armamento contra centros de saúde, alertando para risco de violação do direito internacional humanitário. Há temores de que este episódio agrave a crise humanitária e provoque instabilidade política e segurança em toda a região.