O vereador Thiago Fernandes, da Câmara Municipal de Parnamirim (RN), voltou a destacar a importância da participação popular na elaboração das políticas públicas do município. Em fala registrada durante vídeo divulgado nas redes sociais, o parlamentar criticou a ausência de representantes do Executivo Municipal em uma das rodas de diálogo destinadas à construção do Plano Plurianual (PPA), instrumento que define as prioridades orçamentárias para os próximos quatro anos.
Segundo Thiago, as audiências públicas voltadas à escuta da população são essenciais para garantir que o PPA, assim como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), estejam alinhadas às reais demandas da cidade. “Foram iniciadas umas rodas de diálogo para construir o PPA do nosso município, para escutar a população. Uma atividade muito plausível, muito importante e necessária”, afirmou o vereador.
Contudo, ele demonstrou surpresa e insatisfação ao relatar que o evento, iniciado no litoral de Parnamirim, não contou com a presença de membros do Executivo, responsável pela convocação da atividade. “É até cômico… Como é que é proposto pelo Executivo Municipal e o Executivo Municipal não estava presente para escutar a população nesse momento de escuta?”, questionou o parlamentar.
Para Thiago Fernandes, a ausência compromete o objetivo principal da consulta pública, que é registrar sugestões e propostas dos moradores. “Quem é que ia escutar? Quem é que ia anotar as propostas, as sugestões?”, indagou.
O vereador reforçou que, embora seja difícil alcançar a perfeição na elaboração das leis orçamentárias, é dever dos representantes públicos se esforçarem para que as decisões estejam cada vez mais próximas da realidade vivida pelos cidadãos. “O quanto nós, enquanto vereadores, o Poder Executivo, da mesma forma, puder fazer para se aproximar disto, será benéfico.”
A crítica de Thiago Fernandes levanta questionamentos sobre o compromisso da gestão municipal com os instrumentos de participação popular, especialmente em um momento decisivo para a definição das prioridades do próximo ciclo orçamentário.