O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou a destituição de Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), apontando irregularidades no processo que resultou em sua reeleição para o mandato até 2030. A decisão judicial anulou o acordo que permitiu sua recondução ao cargo, citando a suposta falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, ex-presidente da CBF, cuja capacidade cognitiva estaria comprometida devido a um diagnóstico de câncer cerebral desde 2018.
Com a saída de Rodrigues, Fernando Sarney, vice-presidente da entidade e um dos autores da ação judicial, assumirá interinamente a presidência da CBF. Sarney será responsável por convocar novas eleições, previstas para ocorrer, no mínimo, até meados de junho.
Esta é a segunda vez que Ednaldo Rodrigues é afastado do comando da CBF. Em dezembro de 2023, ele já havia sido destituído por decisão judicial, mas retornou ao cargo em janeiro de 2024, após liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A destituição de Rodrigues ocorre poucos dias após o anúncio da contratação de Carlo Ancelotti como novo técnico da seleção brasileira. Apesar da instabilidade na liderança da CBF, Sarney afirmou que os contratos vigentes, incluindo o de Ancelotti, serão mantidos.
A decisão judicial também levanta preocupações sobre possíveis sanções da FIFA, que proíbe interferências externas nas federações nacionais. A CBF ainda não se pronunciou oficialmente sobre a sentença.
A instabilidade na liderança da CBF ocorre em um momento crucial para o futebol brasileiro, com a preparação para a Copa do Mundo de 2026 em andamento. A comunidade esportiva aguarda os desdobramentos das eleições e a definição do futuro da entidade.
A situação também reacende debates sobre a governança e transparência nas entidades esportivas do país, destacando a necessidade de reformas estruturais para garantir a integridade e a confiança no futebol brasileiro.